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21 de março de 2013

Sócrates 

No seu "retiro" no estrangeiro, José Sócrates aguentou estoicamente, sem qualquer resposta, durante quase dois anos os mais baixos e acirrados ataques políticos e pessoais. Fez bem. Enobrece-se quem despreza a vileza alheia.
Agora, porém, aceitou voltar ao espaço público, no papel de comentador político regular, como que a rechaçar a "morte cívica" a que os seus inimigos julgavam tê-lo condenado. Nada há contra o facto de um antigo governante e líder de um grande partido se tornar comentador político. No entanto, Sócrates ainda não é um "antigo" primeiro-ministro nem "antigo" secretário-geral, mas sim o anterior chefe do governo e o anterior SG do PS. Não vai ser fácil para muita gente vê-lo na pele de um "simples" comentador, quando tiver de se pronunciar sobre a actuação dos seus sucessores no Governo e no partido.
Uma opção de risco, portanto, que só uma grande dose de moderação e de autocontenção pode superar. Que lhe não faltem!

Censura 

Obviamente todos os partidos de oposição têm o direito de apresentar moções de censura ao governo em funções, mesmo que votadas ao insucesso. Todavia, se os partidos de protesto, como o PCP e o BE, podem fazê-lo sem mais, quando lhes dá na real gana, já os partidos de governo, como o PS, só o devem fazer se puderem apresentar uma clara e credível alternativa de governação.
Assim manda o princípio da responsabilidade.

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