10 de junho de 2008
Intervenção sobre Relações UE/EUA na Plenária do Parlamento Europeu, Bruxelas, 4 de Junho de 2008
A 10 de Junho terá lugar a última cimeira entre a UE e os Estados Unidos da era Bush, para sempre marcada pela invasão ilegal do Iraque, pela ignomínia de Abu Ghraib, Guantánamo e das prisões secretas. Vamos respirar de alívio, ao fim de oito anos de retrocesso, oito anos perdidos para o que podia ter sido uma luta contra o terrorismo eficaz, compatível com os valores da democracia e dos direitos humanos; perdidos para a procura da paz no Médio Oriente; perdidos para a luta contra o crime organizado e pelo desarmamento e pela não-proliferação nuclear.
Mas hoje sabe-se que Barack Obama será o candidato do Partido Democrata e a esperança retorna.
Obama vem defendendo o fortalecimento do Tratado de Não-proliferação Nuclear, e até o objectivo do total desarmamento nuclear. Isto já teve repercussões sobre o opositor republicano, John McCain que alinhou posições com Obama e acrescentou apoiar a retirada das armas nucleares tácticas da Europa.
Isto prova que há uma massa crítica nos EUA preparada para uma mudança de estratégia. A Europa deve abordar o mais cedo possível a nova Administração em 2009 no sentido de elaborar estratégias conjuntas para a Conferência de Revisão do NPT de 2010 e para todos os quadros em que a segurança global e a não-proliferação de armas de destruição maciça em particular estejam em causa, incluindo nas negociações com o Irão.
Neste contexto, os contactos entre parlamentares europeus e congressistas americanos são da maior relevância e devem intensificar-se desde já.
Senhor Presidente, a liderança dos EUA já não é suficiente para combater as ameaças do presente e impedir novas ameaças no futuro. Mas ainda é indispensável. Confiamos que o Presidente Obama - espero que seja ele - estará à altura do desafio. E que a Europa saiba aproveitar todas as oportunidades para contribuir para o reforço duradouro do sistema multilateral.
Bruxelas, 4 de Junho de 2008
Mas hoje sabe-se que Barack Obama será o candidato do Partido Democrata e a esperança retorna.
Obama vem defendendo o fortalecimento do Tratado de Não-proliferação Nuclear, e até o objectivo do total desarmamento nuclear. Isto já teve repercussões sobre o opositor republicano, John McCain que alinhou posições com Obama e acrescentou apoiar a retirada das armas nucleares tácticas da Europa.
Isto prova que há uma massa crítica nos EUA preparada para uma mudança de estratégia. A Europa deve abordar o mais cedo possível a nova Administração em 2009 no sentido de elaborar estratégias conjuntas para a Conferência de Revisão do NPT de 2010 e para todos os quadros em que a segurança global e a não-proliferação de armas de destruição maciça em particular estejam em causa, incluindo nas negociações com o Irão.
Neste contexto, os contactos entre parlamentares europeus e congressistas americanos são da maior relevância e devem intensificar-se desde já.
Senhor Presidente, a liderança dos EUA já não é suficiente para combater as ameaças do presente e impedir novas ameaças no futuro. Mas ainda é indispensável. Confiamos que o Presidente Obama - espero que seja ele - estará à altura do desafio. E que a Europa saiba aproveitar todas as oportunidades para contribuir para o reforço duradouro do sistema multilateral.
Bruxelas, 4 de Junho de 2008