22 de maio de 2013
Congresso PS mostrou que há alternativas
O Congresso mostrou aos portugueses que o PS está unido, tem liderança e tem alternativas às politicas de austeridade que o desgoverno de Pedro Passos Coelho/Portas/Gaspar/Troika têm imposto ao país.
António José Seguro (AJS) apresentou alternativas quantificadas e realistas para investir na economia, e para criar aquilo que ele defende como prioridade: emprego, emprego, emprego!
Contra a habitual desculpa do Governo que diz que não há dinheiro, o líder do PS explicou que há dinheiro e onde o iria buscar para financiar o reactivamento da economia e do emprego. E até para assegurar o financiamento da segurança social. Propôs, por exemplo, que se mudasse o cálculo das contribuições das empresas, que hoje incide apenas no número de trabalhadores, para passar a incidir sobre os lucros que as empresas obtêm.
Há comentadores que tentam desvalorizar as propostas de Antonio José Seguro: pensam que são irrealizáveis, que estão dependentes de decisões europeias que Portugal não controla, como é o caso de um papel mais activo do BCE na capacidade de emissão de moeda para acorrer a situações de falta de liquidez e de ataque especulativo ao euro ( como foi aquela de que Portugal foi vitima em 2011 quando teve que assinar o memorando com a Troika), Ou também a criação de um fundo de redenção, ou seja de amortização, para parte das dividas soberanas de todos os Estados Membros do euro, - e todos, até a Alemanha, têm divida pública acima dos 60 por cento, que é o limite previsto no chamado Tratado Orçamental - para gerir em comum esse excesso de divida a 30-40 anos - o que para Portugal se traduziria numa verdadeira reestruturação da divida, sem o ónus de ficar estigmatizado por dela beneficiar isoladamente, visto que todos os países da zona euro o acompanhariam.
Vários comentadores tentam dizer que estas medidas são ilusórias, porque não estão na mão do PS. No fundo, estes comentadores estão enfeudados à lenga-lenga da direita. E são ignorantes, estão a leste, do que está a ser discutido na Europa. E na própria Alemanha. O presidente do Parlamento Europeu, o alemão Martin Schulz, falou ao Congresso do PS justamente destas questões.
O papel de António José Seguro ao pôr na agenda estas alternativas contrastou com Passos Coelho, Gaspar e Portas, que calam e comem, até com prazer, o que Merkel lhes pões à frente.
O PS esteve muito bem acompanhado, até por Martin Shultz, para reunir forças para este combate e cortar de vez com a resignação e subserviência de Passos Coelho, Portas e Gaspar e também do capataz de Barroso.
Seguro mostrou ter capacidade e combatividade para defender os interesses de Portugal na Europa , uma Europa federal e democrática, em que os cidadãos participem activamente.
E quem continua a mostrar irrealismo e desatino é, de facto, o Governo, que passou a vida a desconsiderar o PS e agora lhe manda todos os dias recados "a pedir namoro", ou seja consenso. Consenso que o PS sempre mostrou interesse em promover, desde que seja para construir uma saída para a crise e não para enterrar o país, com mais cortes cegos e mais asfixia económica, como quer o Governo.
As propostas de Antonio José Seguro são um começo: o PS disse que ia iniciar uma convenção para recolher contributos de todos os quadrantes. Quando houver eleições - que para mim são inevitáveis antes do fim do mandato deste Governo - queira o Presidente da República ou não, tal é o nível de putrefacção.
Alguns Ministros tambem já reconhecem a incapacidade de tomar decisões e admitem que a coligação está por um fio.
O desafio implica salvar um Estado que a direita quis enfraquecer, reduzir, desmantelar.