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13 de fevereiro de 2014

O país da indecência "chave na mão" por Passos/Portas 

Cada semana assistimos a novos episódios do "país da indecência" em que Portugal se está a transformar às mãos da coligação Passos Coelho/Paulo Portas. E o pior é que nós, cidadãos, sofremos, maldizemos, protestamos alguns, mas cada vez mais, perigosamente, vamos encolhendo os ombros...muitos deixando-se enredar no canto das sereias restauradoras do crescimento e do novo 1640 que eles vão martelando, à medida que se aproximam as próximas eleiçòes, as europeias...

E assim cada vez vamos tolerando e normalizando o zelo  ultraliberal, o desprezo pelos portugueses e pelo Estado de direito, mas também a incompetencia despurorada de predadores, que se valem do estatuto de governantes para levarem a cabo a rapina do Estado,  que é de todos nós.

Repare-se no episódio ainda por esclarecer dos quadros de Miró, que o Estado adquiriu por via do espólio BPN, como valendo 60 milhoes de euros e que  o governo fez sair do país ilegalmente, violando leis nacionais e europeias, para os leiloar "Chave Na Mao", como sublinhou o PM, por cerca de metade do valor e pela forma mais adversa a maximizar-lhes o rendimento: a tacanhez de horizontes do Governo nem para ocultar serve os interesses que serve, incapaz de vislumbrar rentabilidade que a colecção poderia trazer ao erário publico, interligando cultura e turismo. Veremos o que se vai seguir, incluindo com o resto do espólio de pintura  do BPN e o do BPP..

Vou ater-me ao esquema vicioso e viciante da "factura da sorte", insultuoso da cidadania, que o governo engendrou para supostamente combater a fuga ao fisco. Claro que é para garantir que os pequenos comerciantes, industriais e a classe media pagam mais impostos e asseguram mais receitas ao Estado.  Porque aos grandes devedores e evasores ficais, que bem lhes importa q o Estado sorteie amendoins Mercedes ou BMW,  pois se o Governo de Passos coelho/ Portas todos os anos lhes tem garantido a taluda, com chorudos benefícios fiscais e amnistias para que mantenham e legalizem o que conseguiram desviar de impostos para empresas sediadas no Holanda e no Luxemburgo ou noutros paraísos fiscais?. Que moralidade tem este governo para exigir o pagamento de impostos aos portugueses que empobrece, enquanto continua a proteger e favorecer escandalosamente os criminosos que ainda mais enriquece? 

Atenho-me também ao anúncio pelo governo de que vai conceber um esquema de  incentivos para atrair jovens estudantes e cientistas estrangeiros com talento, a pretexto da competitividade e riqueza que podem trazer ao país. Aqui a dupla Coelho/Portas supera-se no despudor e na desfaçatez: pois não é este mesmo governo que empurra os jovens portugueses  - e menos jovens -para a emigração e para o desemprego, com as suas políticas mais troikistas do que a troika, cortando oportunidades aos jovens qualificados e talentosos, destruindo empresas e postos de trabalho, asfixiando a investigação, a ciência, as universidades, a educação pública? 

Já não bastava o desplante, anti-patriotico e perigosamente anti-europeu, de pôr "vistos dourados" à venda , isto é a autorização  de  residência em Portugal e de circulação  no espaço Schengen a pretexto de salvar as empresas de imobiliário e de atrair investimento para criar emprego, a prazo de 6 anos vendendo a nacionalidade portuguesa sabe-se lá a que tríades. 

Este governo não se limita a golpear duramente os portugueses: ainda por cima goza descaradamente com eles: agora quer importar jovens talentosos para compensar os portugueses que escorraça. Amanhã quererá importar crianças para compensar a taxa de natalidade em declínio, porque as condições de vida não permitem as famílias procriar. E quererá porventura importar também crianças talentosas, desenvolvidas e prometedoras, como não serão as portuguesas à mercê da política austericida deste governo, que ainda na semana passada foi objecto de admoestações do Comitê dos direitos das crianças da ONU por isso mesmo.

Estes governantes contam com a memória fraca, o egoísmo e a miopia pacóvia dos que se julgam a salvo ou julgam que se hao-de safar, outros que se danem pelo caminho, como aqueles emigrantes na Suíça que votaram a favor do referendo para travar a emigração e a liberdade de circulação:  Assim, passo a passo, com a conivência passiva de muitos, avançou o nazismo e avança hoje a indecência da cleptocracia. 


NOTA: este é o texto que escrevi como base da minha crónica no "Conselho Superior" da ANTENA 1 de 11.2.2014


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